Depoimentos

Liane Leipnitz

“Quando conheci D. EMI, ela devia ter a idade que tenho hoje.
Se houve alguma pessoa que mudou completamente a minha visão de mundo, foi ela. Eu trabalhava no jornal ZERO HORA quando a conheci. Nunca mais desgrudei. Ela ensinava astrologia lavando roupa, cuidando dos filhos, fazendo pão, cozinhando o almôço, fazendo uma espécie de crochê, contando história. Com ela aprendi a observar a vida através dos ” trânsitos diários”, o que eu sentia com Marte, Mercurio, Vênus, fazíamos cadernos com as tabelas e íamos escrevendo pequenos acontecimentos. Lembro que ela falava: quanto mais simples é a pessoa, mais prevísivel são as coisas que acontecem. Com ela eu aprendi, observei e senti que fazia parte. Eu fazia parte de uma engrenagem cósmica muito maior do que a nossa vã filosofia explicava.
Espero que esteja colaborando com o tanto que ela me deu.
17 de outubro de 2020
 
Maria Inêz de Bulhões Pedreira Arieira
 

Conheci a Dona Emy em 1974 através de seu discípulo, colaborador e admirador , Bola, Antonio Carlos Harres. Nesse ano, a Dona Emy deu um curso no Rio, que não pude fazer, mas pude ir, no último dia, na palestras: “A Era de Aquário”, que ela pediu que o Antonio Carlos desse. Aquele conhecimento, transmitido naquela palestra, fez todo sentido para mim!

Em 1976, Antônio Carlos volta ao Rio e nos casamos no ano seguinte. A admiração pela Dona Emy, pela sua maneira aquariana de ser, pela sua força e dedicação, por sua história de vida única, se deu não somente pelo convívio que tive com ela em algumas ocasiões, em Porto Alegre, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, mas por ouvir os relatos da convivência do Antonio com ela, com quem ela compartilhou sua experiência e conhecimento.

Para mim, a Dona Emy tirou a astrologia da era medieval, de uma linguagem caracterizada por conceitos como: inflluências maléficas e benéficas, aspectos bons e maus, e percorreu the road less traveled, da abertura para o novo, da intuição, da dedicação, da pesquisa e observações, e levou a astrologia para a Era de Aquário, introduzindo e possibilitando uma poderosa ferramenta de autoconhecimento para a humanidade.

Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2020

Marta Pires Ferreira  

A pedido do astrólogo, Antônio Carlos Harres, sobre sua mestra, Dona Emy, como era carinhosamente chamada, Emma de Mascheville, repenso. Pouco a acrescentar do que escrevi em 2007. Tentarei dizer o máximo em poucas palavras.

Emma de Mascheville foi e é a pessoa mais Douta da História da Astrologia no Brasil. Não me refiro somente ao seu conhecimento epistemológico com vasta experiência acumulada em anos de atendimento pessoal e/ou como mestra, mas em especial por sua visão de mundo, sua largueza filosófica transmitida generosamente. Mulher que olhava o futuro da humanidade com esperança na compreensão das bipolaridades próprias da vida, um reencontrar, novamente, a harmonia, a unidade.

Fiquei, realmente, encantada quando a ouvi pela primeira vez, em 1975, num curso de poucos dias, num espaço de yoga e cultura, com a sua fala _ uma instigante indagação: “O que nós somos?”. Não se tratava ali, apenas, de uma astróloga tida como competente, dona de seu ofício por tantos anos de dedicação, estávamos diante uma pessoa elegante, refinada e mulher altiva em sua capacidade de ser _ uma pensadora. Arregalei meus olhos, em plena afinidade intelectual, porque a Astrologia, para mim, se identificava com pontos de vista semelhantes ao dela. Astrologia como instrumento precioso para o alargamento da consciência. Eu estava em frente de uma grande Senhora, com profundas indagações e compreensão da vida individual, coletiva e cósmica _ transmitindo a Astrologia em seu significado o mais elevado possível. Marcou de imediato, a muitos, com sua presença humana de mulher culta e sábia.

Quando vinha ao Rio de Janeiro, nos víamos, me telefonava, e trocávamos ideias. Profética, ela apontava os céus: “as grandes dificuldades para o final de século irão contribuir para o amadurecimento e evolução humana”. E dizia confiante: “quando o homem estiver no limiar da destruição, deporá as armas diante da voz de Deus, a própria consciência”.

Passado tantos anos, constato a marca deixada pela boa qualidade de discípulos fiéis, verdadeira Escola de Astrologia, informal _ significativa, efetiva, pela dedicação, estudos e pesquisas constantes dos seu seguidores.  Sou, apenas, observadora e testemunha destes caminhos. E isto é muito importante, fez e faz história.

Emma de Mascheville deixou sua obra com marcas originais e com legados sólidos e firmes que se estendem no tempo. 

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2020

Jane Leipnitz Abad (aluna)

Conhecer a D. Emy foi um divisor de águas na minha vida e de mais meio mundo. Isso porque conhecer uma pessoa com tanta sabedoria, que usava palavras simples, mas sem perder a profundidade, e exemplos que podíamos observar no dia a dia, foi uma oportunidade de mudar completamente meu modo de ver a vida.

Recontar as histórias e lições de nossa querida professora é uma tentativa de manter acesa a chama de sua maestria e multiplicar suas sementes pelo mundo, de modo que nunca desapareçam. Então lá vou eu.

No vocabulário de D. Emy, as palavras “negativo” e “positivo”, eram usadas com o sentido de “passivo” e “ativo”, respectivamente. Ela falava sobre usar a responsabilidade pessoal de colocar uma energia em ação, assim como de não agir.

Um dia, trabalhando na horta com ela, o que havíamos semeado há algum tempo estava brotando. Ela se alegrou muito e essa alegria ficava visível. Ela disse: “Estamos presenciando o desabrochar da Força da Vida. Isso é algo que nada pode parar, a Vida sempre responde aos nossos atos. O que podemos fazer é escolher o que vamos plantar. E se quisermos colher algo, temos que cuidar de cada detalhe e teremos um bom resultado, provavelmente”.

Não podemos ver, mas podemos imaginar a semente se rompendo para dar espaço a outro tipo de vida. Assim é quando nascemos para esta vida. Há o tempo da ação, o tempo da pausa e da espera passiva e o tempo de rompermos ativamente uma barreira para chegar e outra para voltarmos para casa. Surgimos na vida agindo e esperando, modificando sempre o ambiente ao nosso redor.

Altair Flamarion Klippel

Sendo engenheiro de minas, graduado em 1970, descobri, através de uma dedicatória de minha mãe feita em um exemplar da revista Planeta N o 33, de junho de 1975, na qual foi publicada uma matéria intitulada “Astrologia: uma teoria revolucionária”, de sua autoria, que eu descendia de uma geração de mineiros de carvão, profissão que exercia na época.

Ela me dedicou as seguintes palavras: “Altair! És tataraneto de uma geração de mineiros de carvão que trazem as riquezas ocultas da Terra para criar Energia, Luz e Calor. Tua mãe procurou fazer o mesmo: libertar o que está oculto, pesado, negro na vida para transformar em Amor, Alegria e Consciência, ensinando a Harmonia e Beleza que está em todos os aspectos da vida, mesmo quando parecem ser duros e difíceis. Que tu saibas chegar a isto, tanto no trabalho no plano material como espiritual, são meus votos para ti para que possas alegrar os que trabalham contigo e os que tu amas. São os meus votos de mãe.”

Palavras sábias e profundas! Coincidentemente, lembro, ainda, que a data de 10 de julho é uma data especial para ela (explicada a razão em outro tópico neste site) e é, também, o Dia do Engenheiro de Minas. Será mesmo coincidência?

20 de agosto de 2020

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